Encontros do Max Planck e INCT-Materials Informatics debate o desenvolvimento de métodos computacionais em materiais

O Centro de Vivência da Ilum, localizado no CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais), recebeu mais uma edição do Max Planck Meeting e do INCT Materials Informatics Meeting entre os dias 30 de junho e 3 de julho. Pesquisadores, professores e estudiosos da área de Informática de Materiais debateram o desenvolvimento de métodos computacionais em materiais na promoção de avanços em informática de materiais.

“Essa área de informática de materiais vem se desdobrando em várias vertentes diferentes no mundo inteiro e nesse encontro constatamos a interdisciplinaridade. Você coloca diferentes temas e diferentes tipos de cientistas trabalhando juntos, afirmou Gustavo Dalpian, vice-coordenador do INCT – Informatics Materials.
O Instituto Max Planck na Alemanha esteve representado por pesquisadores e estudantes. Para a diretora do Instituto, a brasileira Mariana Rossi, a troca de conhecimento entre profissionais de diferentes países é relevante para o desenvolvimento da área. “Essa área passou por uma evolução muito grande nos últimos 10 anos, com a explosão da Inteligência Artificial. Algo que dez anos atrás eu não sonhava em simular, é a rotina da simulação hoje em dia. O tipo de pergunta que conseguimos responder e estudar está mudando muito rápido e tem muita importância para o campo de energia sustentável.”
O encontro de gerações foi uma das marcas do evento, que contou com estudantes de graduação até pesquisadores experientes com vivência internacional e pós-doutorado. “Pelas palestras que acompanhamos, é possível notar que de um ano para o outro temos muitas mudanças. Neste caso, a experiência pode não agregar porque será necessário estudar tudo de novo. O jovem, com uma mente mais plástica consegue aprender mais rápido pode ter vantagem neste aspecto. Mas, obviamente, a experiência é fundamental porque os mais experientes já viram várias mudanças nas áreas de conhecimento, talvez não tão rápido como agora, mas têm bagagem para avaliar a evolução das pesquisas”, disse James Moraes de Almeida, professor da Ilum, membro do comitê-gestor do INCT – Informatics Materials e organizador dos eventos.
No segundo dia do evento, os participantes tiveram a oportunidade de realizar uma visita guiada ao acelerador de partículas, o Sirius. Os visitantes conheceram a história do Sirius, o funcionamento do acelerador, as linhas de luz, as aplicações da Luz Síncrotron, o processo de submissão de propostas de pesquisa e as possibilidades de colaboração com pesquisadores do CNPEM. “Foi um grande atrativo para o público que veio do exterior conhecer uma instalação como essa, num país que, muitas vezes, eles nem imaginam que existe. Muito bom pra nós divulgarmos para estes pesquisadores estrangeiros que também temos ciência de ponta aqui”, afirmou James.
Ao final do encontro, o coordenador do INCT-Informatics Materials e diretor da Ilum Escola de Ciência, Adalberto Fazzio, falou sobre a possibilidade de levar o próximo evento para a Europa: “nós estamos pensando em fazer mais vezes esta interação com a Alemanha, a ideia é no ano que vem irmos para lá. É muito importante pra gente que esta interação continue”, disse.